Resenha - O Doador de Memórias




Autora: Lois Lowry 
Editora: Arqueiro
Páginas: 192



"Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente – o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar."



O mundo criado por Lois é incrível, pois relata coisas tão comuns do nosso cotidiano que chegam a ser banais como as cores e os sentimentos - a nossa mesmisse- o que mais cativa o leitor é o fato de que coisas simples assim, se tornam tudo para os personagens.

Jonas quando chega aos 12 anos é selecionado para ser um Guardião de memórias, aterrorizado com o fato, vai precisar de muito apoio do Doador, a relação dos dois começa meio superficial e avança para uma relação de carinho e amor um pelo outro

"- É que eu não sei seu nome. Pensei que fosse o recebedor, mas o senhor disse que agora sou eu o recebedor. Então não sei como chamá-lo.
O homem voltara a sentar-se na confortável cadeira estofada. Fez um movimento circular com os ombros, como se quisesse aliviar uma dor. Parecia terrivelmente cansado.
- Pode me chamar de Doador - Disse o homem"

A mãe de Jonas trabalha com a lei, e seu pai cuida das crianças recém-nascidas, antes de receberem um cuidador -família- durante um tempo um menino chora muito e se continuar assim será dispensado, para evitar isso o pai de Jonas leva o menino para cuidar dele e tentar arranjar uma solução, nisso  Jonas se apega muito ao bebe e fica com uma desconfiança, essa relação nos faz pensar quão bom seria como pai.

Fiona (não é a do Shrek, quando vi a primeira referência foi ela) e Asher são amigos de Jonas, a relação deles é muito familiar devido a ligação dos três, porém muito distante devido a todas as proibições da sociedade deles (o trio acaba não aparecendo muito).

Durante o treinamento Jonas descobre que as memórias podem ser doces e agradáveis, mas também pesadas e dolorosas a ponto de quase o fazer desistir e fazer algo para mudar aquilo. Quando o treinamento terminar Jonas terá que orientar toda a sociedade e também seus governantes, pois as memórias são consideradas perigosas e também dolorosas, podendo causar sofrimento a quem as tiver.

Também vemos alguns personagens secundários como Lily a irmãzinha de Jonas, Rosemary a recebedora que fracassou no passado, entre outros.

O livro é mais que recomendado apesar de fino o conteúdo é maravilhoso e perigoso, pois faz você pensar sobre a nossa "mesmisse"! Então leiam que não vão se arrepender.

"Atrás dele, cruzando vastas distâncias de espaço e tempo, vindo do lugar onde ele saíra, Jonas pensou escutar música também. Mas talvez fosse apenas um eco." 

 Perdida

ISNB: 9788576862444
Ano: 2013
Páginas: 364
Editora: Verus

Sofia vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz. Ela é independente e tem pavor à mera menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são aqueles que os livros proporcionam. Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa - ou se isso sequer é possível. Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida pela família Clarke. Com a ajuda do prestativo - e lindo - Ian Clarke, Sofia embarca numa busca frenética e acaba encontrando pistas que talvez possam ajudá-la a resolver esse mistério e voltar para sua tão amada vida moderna. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos.

Resenha:

Primeiro post do blog e a resenha será sobre um livro pelo qual sou completamente apaixonada, ele me fez virar fã da talentosa Carina Rissi e ganhou um lugar mais que especial em meu coração.

Perdida conta a história de Sofia, uma mulher de 24 anos que mora em uma grande metrópole, ela é o exemplo de mulher moderna e decidida que temos hoje em dia. Apesar de ter sua vida estável, ter um carro e uma casa própria, Sofia é uma pessoa vazia. Ela perdeu seus pais em um acidente de carro e teve que começar a trabalhar cedo para se estabilizar na vida, se não fosse por sua amiga Nina ela não teria ninguém com quem contar. 

Nina havia acabado de decidir morar com seu namorado Rafa e eles saem para comemorar em um bar. Sofia acaba enchendo a cara e festeja com a amiga, apesar de que casar e morar junto não seja algo que ela aprove ou queira para si mesma. Ela já teve namorados, porém nunca amou alguém de verdade. 

Viver em função de uma pessoa, como se sua vida apenas tivesse sentido se ela estivesse por perto? Acordar e olhar para a mesma pessoa todo santo dia! Sexo com uma única pessoa pelo resto da vida! Ter que cuidar de casa, do marido, dos filhos, do cachorro, trabalhar... Não era um tipo de escravidão, pelo menos?

Depois de várias cervejas, Sofia resolve ir ao banheiro, o que acaba sendo uma decisão difícil devido a bebedeira. Quando está prestes a fazer xixi ela acaba derrubando o celular no vaso.

Olhei para baixo bem a tempo de ver meu celular com todos os meus contatos, minha agenda, minhas musicas- cair do bolso da calça, boiar por dois segundos e depois mergulhar dentro do vaso sanitário.

Sofia era super ligada ao seu celular. No outro dia ela sai de casa com a missão de comprar outro aparelho. Entra na primeira loja de aparelhos eletrônicos que encontra e pede um modelo que faça praticamente tudo por ela, que seja ultima geração e em conta. A vendedora lhe entrega o aparelho alegando que nele está tudo o que ela precisa, mas ela não poderia troca-lo em hipótese alguma, já que ele se tratava de um aparelho único. Porém mesmo assim ela decide leva-lo.

Ela estava ansiosa para ver seu novo monstrinho conseguia fazer que decide abrir a caixa no meio do caminho, porém o aparelho não queria ligar, quando ela estava voltando para a loja, eis que um clarão surge da tela fazendo com que ela tropeçasse em uma pedra. Depois do clarão Sofia nota que os prédios, ruas, casas e praças haviam sumido. Ela achou que era uma ilusão causada pela ressaca, quando avista um homem se aproximando em um cavalo.

Eu devia ter batido a cabeça muito forte! Só poderia ser isso! Olhei freneticamente em todas as direções e nada estava ali. Nada! As pessoas, a cidade, tudo havia sumido. Quanto eu bebi noite passada? Talvez ainda esteja bêbada! Isso. Com certeza, bêbada! 

Sofia tropeça literalmente no século XXI e tem que encontrar alguém que ela nem sequer conhece, para poder voltar a sua realidade. O mais adorável deste livro são os personagens, pessoas simples e sem a maldade que vemos hoje em dia, sem transito e violência. É claro que não posso esquecer de Ian o homem mais lindo e fofo do mundo literário, está sempre disposto a ajudar ela. 


As loucuras de Sofia e suas tentativas de voltar para casa te envolvem ainda mais na história. Um livro muito bem escrito, devorar o livro é quase uma obrigação, é um romance na medida certa. Carina arrasou neste livro, o jeito como ela escreve o ambiente, a riqueza dos detalhes te faz sentir dentro da história, é difícil encontrar um livro que desse atenção as necessidades fisiológicas dos personagens.


Amo o livro e amo a história, a narração é em primeira pessoa e o livro está super recomendado. 




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